"Não basta dizer que se é consciente de algo; é-se, também, consciente de algo como sendo algo"



terça-feira, 31 de maio de 2011

..:: E a gente segue caminhando, e sorrindo! ::..



Eu vivo a sorrir
Pro caso de você virar a esquina e adentrar a livraria
Pro caso de o acaso estar num bom dia
Pro caso de o destino me haver reservado a alegria
E o meu fardo estar fadado a ser a sua sina

Eu vivo a sorrir
Pro caso de você errar a vereda e acertar o elevador
Pro caso de o acaso estar inspirado
E emaranhar por capricho, tempo e espaço
Cruzando as nossas linhas soltas num laço

Eu vivo a sorrir
Vai que se materializa o meu sonho dourado
Vai que me espera com boas notícias o inesperado. 

"Eu vivo a sorrir", de Adriana Calcanhotto.

terça-feira, 24 de maio de 2011

..:: Ai, a saudade ::..



Penso que a saudade conjuga-se com diversas cores e sentimentos. Pode estar tanto para o preto, quanto para o branco e, ainda, para as múltiplas cores. Ela pode ser transparente, sim, pela inconstância, instabilidade, por ser muito e mesmo nada. Contudo, acho que a saudade também adquire tons obscuros, quando está embebida de tristeza e dor, porque pode ocorrer por uma ausência que deveria ser sanada, mas que assim não procede, pela presença que falta às vezes representar maiores aflições quando está perto. Ao mesmo passo, a saudade vincula-se ao cítrico, solar, anil... A um forte sentimento de alegria e felicidade. Por que não?! Talvez indique a possibilidade de rever, de estar perto, de voltar a frequentar aquilo que nos faz bem. A saudade pode ser uma prévia da realização de algo que está por vir, por ser expectativa, incerteza, desejo. De fato, a saudade constrói o presente e lugares de memória, sempre na perspectiva de recuperar, ainda que não seja possível, elementos de um passado saudoso, mesmo que inspire incertezas e um estado de lugar não seguro.

Texto de Elisson César e Uriel Bezerra.